Hoje nasceu uma vida na minha janela, a mesma da qual, em sentinela, espreito estrelas e luar. Flor é o seu nome e carmim é o seu grito de sangue que perfuma o meu mundo onírico e me ensina a sonhar. És o símbolo do poder por ter em si as cores dos dias, pelo seu despetalar em sentidos, pela sua presença na primavera, no amor e também nas despedidas. Pela sua passagem em meus sonhos de menina, ora Mab, ora Morfeu, que sejas também símbolo do sonho que morreu para dar lugar à realidade. Se amanhece, eu me desperto, me enterceço pelo rastro de dia que surge pela fresta, pelo convite a defenestrar-me em suas gotas de orvalho.
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